Eu sabia que ler os livros do dr. Mário Cordeiro de trás para a frente iria ser útil algum dia. Bem, tudo começou no domingo. O Ricardo esteve meio mono nessa tarde, choramingão, vinha deitar a cabeça no meu colo - logo ele, que é tão independente e tão pouco dado a carinhos espontâneos. À noite, não resisti e fui ver a febre. Estava com 40º. Quase paniquei. Para não assustar o pai, liguei para o Saúde 24, onde me deram todas as indicações que eu, mãe de dois, já conhecia: hidratar, baixar a temperatura com benuron e brufene, banhos tépidos, esfregar menino com uma toalhinha tépida, etc. Passámos assim três dias e duas noites. Sem dormir, com o piolho na cama. Não tinha mais nenhum sintoma. Fiz-me forte. Falei ao pai das viroses, do mau que é ir para hospitais, etc, até que... ao terceiro dia, o rapaz acorda sem febre e com o corpo todo às manchas. Lembrei-me logo de ter lido algo sobre isso: a sexta doença ou exantema súbito. Uma doença viral, da família do herpes, que só traz febre e estas manchinhas posteriores e não é grave, embora assuste os pais, por causa das febres altas. Fomos ao médico e confirmou-se. O conselho foi apenas aplicar Cytelium da Ducray e hidratar a pele, que o pior - a febre - já tinha passado. Ah, e resguardo do menino. Portanto, mães e pais, antes dos dois, três dias de febre não convém fazer nada, porque se entretanto os babies tomarem algum remédio ou antibiótico, toda a gente vai pensar que as manchas são alergia à substância química.