Querido Pai, foste tu que aturaste a Mãe quando eu estava dentro da barriga a dar pontapés e a pedir chocolates. Um dia, era Inverno, até arranjaste cerejas para nós os dois! Viste-me, pela primeira vez, quando eu era ainda "a feijoca" e já tinha um coração a bater muito depressa. Falaste comigo, fizeste-me festinhas, deste-me beijinhos e até me querias convencer de que já estava na hora de nascer, só porque me atrasei quase duas semaninhas. 
Foste tu quem estava ao pé da Mãe, a ajudar-me a nascer, com miminhos, festinhas e carinhos. Nem hesitaste ao vestir a bata para me ires conhecer, nem te impressionaste com tanta máquina. Viste a minha cabecinha, um e outro ombro e depois "blop", saltei para o colo da senhora doutora. Estive segundos no colo da Mãe e depois fui logo para o teu. Nunca me vou esquecer do teu cheiro, Pai, dos teus miminhos, do teu carinho. 
Hoje, que já sou grande e tenho sete meses e meio, não posso viver sem ti, sem as tuas sopinhas e o banhinho que me dás todos os dias, sem as tuas cantorias e sem as tuas tontices (tu e a Mãe sairam-me cá uns tontos!)... Adoro-te. Adoro ficar contigo na cozinha a ver-te cozinhar.
Vou estar sempre contigo, Pai. 

Um beijinho do Bichinho

sinto-me:
publicado por Loja Reaproveitar às 08:52